A necessidade de recapitalização poderá levar os bancos da zona do euro a reduzir em US$ 500 bilhões os financiamentos para economias emergentes nos próximos meses, principalmente para os países da Europa do Leste. A avaliação é do Royal Bank of Canadá (RBC), em estudo dirigido pelo economista Nick Chamie. Ele prevê saída de capital dos emergentes pelo menos até julho de 2012, quando os bancos europeus precisam cumprir novas exigências de capital próprio adicional. Os bancos da zona do euro enfrentam forte estresse financeiro em termos de queda de valor e exigências de capital adicional. O Conselho de Estabilidade Financeira (FSB, na sigla em inglês) estima que, para alcançarem o novo requerimento de capital de melhor qualidade de 9% ponderado pelos riscos, o jeito será vender ativos. O Morgan Stanley prevê que os bancos europeus vão reduzir coletivamente seus balanços em 2 trilhões de euros nos próximos 15 meses. Para o RBC, levando em conta o estresse sofrido pelos bancos dos EUA na crise de 2008, os bancos da zona do euro vão baixar a exposição em relação aos emergentes em pelo menos 20%, o equivalente a US$ 522 bilhões. No Brasil, os bancos da zona do euro têm exposição de US$ 317 bilhões, equivalente a 15% do PIB. Esses bancos representam 19% do mercado bancário nacional. Para o RBC, no entanto, os países mais expostos à forte redução de financiamento são República Checa, Hungria, Romênia e Polônia, onde a exposição dos bancos chega a ser duas vezes maior que o PIB. A fragilizada situação dos bancos da zona do euro poderá afetar também mais África do Sul, Indonésia, Malásia, Ucrânia e Argentina, segundo o banco canadense. O plano de recapitalização dos maiores bancos europeus terá intensa supervisão por parte das autoridades para evitar que as instituições financeiras aumentem seu capital de melhor qualidade vendendo ativos de maneira excessiva e causando forte contração no crédito para a economia real - mas isso, na Europa. As maiores instituições financeiras europeias terão prazo até 20 de junho de 2012 para aumentar a 9% seu capital de melhor qualidade - isso após contabilizar suas exposições a dívida soberana pelo valor de 30 de setembro. O "colchão temporário" deverá durar de um a três anos. Info: http://www.valor.com.br/
A necessidade de recapitalização poderá levar os bancos da zona do euro a reduzir em US$ 500 bilhões os financiamentos para economias emergentes nos próximos meses, principalmente para os países da Europa do Leste. A avaliação é do Royal Bank of Canadá (RBC), em estudo dirigido pelo economista Nick Chamie.
Ele prevê saída de capital dos emergentes pelo menos até julho de 2012, quando os bancos europeus precisam cumprir novas exigências de capital próprio adicional.
Os bancos da zona do euro enfrentam forte estresse financeiro em termos de queda de valor e exigências de capital adicional. O Conselho de Estabilidade Financeira (FSB, na sigla em inglês) estima que, para alcançarem o novo requerimento de capital de melhor qualidade de 9% ponderado pelos riscos, o jeito será vender ativos.
O Morgan Stanley prevê que os bancos europeus vão reduzir coletivamente seus balanços em 2 trilhões de euros nos próximos 15 meses.
Para o RBC, levando em conta o estresse sofrido pelos bancos dos EUA na crise de 2008, os bancos da zona do euro vão baixar a exposição em relação aos emergentes em pelo menos 20%, o equivalente a US$ 522 bilhões.
No Brasil, os bancos da zona do euro têm exposição de US$ 317 bilhões, equivalente a 15% do PIB. Esses bancos representam 19% do mercado bancário nacional.
Para o RBC, no entanto, os países mais expostos à forte redução de financiamento são República Checa, Hungria, Romênia e Polônia, onde a exposição dos bancos chega a ser duas vezes maior que o PIB. A fragilizada situação dos bancos da zona do euro poderá afetar também mais África do Sul, Indonésia, Malásia, Ucrânia e Argentina, segundo o banco canadense.
O plano de recapitalização dos maiores bancos europeus terá intensa supervisão por parte das autoridades para evitar que as instituições financeiras aumentem seu capital de melhor qualidade vendendo ativos de maneira excessiva e causando forte contração no crédito para a economia real - mas isso, na Europa.
As maiores instituições financeiras europeias terão prazo até 20 de junho de 2012 para aumentar a 9% seu capital de melhor qualidade - isso após contabilizar suas exposições a dívida soberana pelo valor de 30 de setembro. O "colchão temporário" deverá durar de um a três anos.
Info: http://www.valor.com.br/